Na
época do Natal, as coníferas (os pinheiros, tuias,
ciprestes, etc.) ganham destaque. Saiba mais sobre elas!
O
plantio de coníferas no jardim pode garantir um charme
todo especial, um ar de bosque perfumado pelo aroma característico
de sua folhagem e uma certeza: verde durante o ano todo, pois
elas não perdem as folhas nos meses do inverno.
Apesar de não serem originárias do Brasil (com exceção
da Araucaria angustifolia), as coníferas adaptaram-se
perfeitamente ao solo do país e normalmente desenvolvem-se
bem nas condições oferecidas por aqui.
As coníferas podem ser encontradas em seis diferentes famílias
vegetais - compreendem quase 50 gêneros, resultando em 500
espécies mais ou menos. É justamente este fato que
explica a existência de coníferas com características
tão diferentes: árvores praticamente gigantes ou
até plantas rasteiras.
Em comum, as coníferas apresentam, pelo menos, dois pontos:
-
Folhas em formato de escama, estreitas, duras e pontiagudas.
-
São plantas conhecidas como "gimnospermas".
Não produzem flores verdadeiras, mas sim espigas (estróbilos).
As espigas-macho abrigam os grãos de pólen, enquanto
que as espigas-fêmea contém os óvulos. Da
fertilização dos óvulos pelo pólen,
surgem os frutos - mais conhecidos como "pinhas" -
de formato cônico, apresentando sementes em espiral, abertas
e desprotegidas. Foi justamente a forma cônica das pinhas
que inspirou o nome coníferas.
Apesar dos pontos em comum, as coníferas apresentam características
diferentes entre si, que se revelam na condução
de seu cultivo. Algumas se dão bem à meia-sombra,
outras exigem sol pleno para se desenvolverem bem. O espaçamento
para o plantio também deve ser adequado de acordo com a
espécie. (Veja tabela abaixo).
Cultivo
De forma geral, recomenda-se o plantio em covas grandes (40 x
40 x 40 cm) e a adição de 2 litros de esterco de
curral bem curtido em cada uma, incorporando bem à terra.
Até que as mudas mostrem sinais de desenvolvimento, o ideal
é garantir regas freqüentes, especialmente nos períodos
secos.
Pragas e doenças não costumam dar preocupações
durante o cultivo, principalmente quando as mudas são sadias
e de boa procedência. Normalmente, as coníferas são
bem resistentes.
Tuias, ciprestes, juníperos,
pinheiros...
As tuias - que
se tornam muito populares na época do Natal - pertencem
à família botânica das Cupressáceas,
juntamente com os ciprestes, juníperos e falsos-ciprestes.
Algumas espécies de tuias chegam a apresentar tons dourados
em sua folhagem durante o verão, dando um efeito decorativo
especial na composição de um jardim. As tuias são
indicadas para a formação de cercas-vivas.
Os ciprestes, também muito decorativos, são bem
resistentes às podas, sendo ideais para a realizaçÃo
da topiária (espécie de escultura com a forma das
plantas). Quanto aos juníperos, apresentam características
diferentes quanto às cores e formatos, dependendo da espécie
e variedade, podendo ser usados com muita versatilidade. O Juniperus
chinensis, por exemplo, apresenta forma piramidal de grande
porte, enquanto que o Juniperus horizontalis pode ser plantado
até como forração.
As verdadeiras " árvores de natal" pertencem
ao gênero Cryptomeria, da família das Taxodiáceas.
São árvores que podem atingir até 50 metros
de altura. O pinheiro-do-brejo (Taxodium distichum) também
pertence a esta família, com seu porte em torno dos 40
metros de altura, pode viver centenas de anos.
Na família das Araucariáceas, encontramos a Araucaria
angustifolia, conhecida como Araucaria Brasil ou pinheiro-do-paraná
- a brasileira da família, muito famosa e bonita, com seu
formato de "taça"; a Araucaria heterophyla
ou Araucaria excelsa, que pode atingir até 60 metros
de altura e se desenvolve melhor em regiões quentes, podendo
ser cultivadas até no litoral.
O famoso Pinus elliottii, muito usado em reflorestamento
e na indústria de papel e móveis, pertence à
família das Pináceas e, juntamente com o Pinus
aristata e o Pinus canariensis, formam o gênero
Pinus, que compreende árvores de porte em torno de 20 a
24 metros de altura. Ainda na família das Pináceas,
podemos citar o Cedrus libani ou cedro-do-líbano.
Condições
adequadas para cada espécie
Espécie |
Clima/Luminosidade |
Espaçamento |
Araucaria
excelsa |
Frio/sombra
ou meia-sombra |
1x1m |
Araucaria
angustifolia |
Frio/sombra
ou meia-sombra |
1x1m |
Pinus
elliotti |
Frio/sombra
ou meia-sombra |
1x1m |
Taxodium
disticchum |
Frio/sombra ou meia-sombra |
1x1m |
Pinus
caribaea |
Quente/sombra
ou meia-sombra |
1x1m |
Pinus
patula |
Frio/sombra
ou meia-sombra |
1x1m |
Juniperus
horinzontalis |
Qualquer
clima/sol pleno |
1m |
Thuya
orientalis (compacta) |
Frio/sol
pleno |
1m |
Cryptomeria
japonica
(Pinheirinho de natal) |
Frio/sol
pleno |
3m |
Chamaecyparis
Lanwsoniana
(Tuia europa) |
Temperado/sol
pleno |
3m |
Chamaecyparis
obtusa
(Tuia degenerada) |
Frio/sol
pleno |
1m |
Chamaecyparis
filisoides
(Tuia pavão) |
Temperado/meia-sombra |
1m |
Juniperus
aeuro-variegata
(Tuia francesa) |
Frio/sol
pleno |
1m |
Juniperus
glauca
(Tuia prata) |
Frio/sol
pleno |
1m |
Thuya
occidentalis var. pendula (Tuia pendula) |
Temperado/sol
pleno |
1m |
|