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     Plantas Tóxicas: conheça as espécies que merecem cautela
 
         Oleandro ou Espirradeira: arbusto muito comum em vasos e jardins
     Algumas das plantas ornamentais que temos em nossos em vasos ou jardins podem esconder perigo por trás de sua beleza. Elas são chamadas "plantas tóxicas" pois apresentam princípios ativos capazes de causarem graves intoxicações quando ingeridas ou irritações cutâneas quando tocadas.
     Segundo dados do Sinitox (Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas), cerca de 60% dos casos de intoxicação por plantas tóxicas no Brasil ocorrem com crianças menores de nove anos. E a maioria, 80% destes casos, são acidentais. O Sinitox, que fornece informações sobre os agentes tóxicos existentes, funciona em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz e possui centros de atendimento e informações em vários estados do Brasil (veja telefones no final desta matéria).
     Geralmente, a intoxicação por plantas acontece por desconhecimento do potencial tóxico da espécie. Nesta matéria, apresentamos algumas das espécies ornamentais tóxicas mais comuns em quintais, jardins e vasos. Mas antes, atenção para estas orientações:
     1 - Mantenha as plantas venenosas fora do alcance das crianças e dos animais domésticos. 
       2 - Procure identificar se possui plantas venenosas em sua casa e arredores, buscando informações como nome e características. 
       3 - Oriente as crianças para não colocar plantas na boca e nunca utilizá-las como brinquedos (fazer comidinhas, tirar leite, etc.). 
       4 - Não utilize remédios ou chás caseiros com plantas sem orientação especializada. 
       5 - Evite comer folhas, frutos e raízes desconhecidas. Lembre-se de que não há regras ou testes seguros para distinguir as plantas comestíveis das venenosas. Nem sempre o cozimento elimina a toxicidade da planta. 
       6 - Tome cuidado ao podar as plantas que liberam látex, pois elas podem provocar irritação na pele e principalmente nos olhos. Evite deixar os galhos em qualquer local onde possam atrair crianças ou animais. Quando estiver mexendo com plantas venenosas use luvas e lave bem as mãos após esta atividade. 
       7 - Cuidados especiais também devem tomados com os animais domésticos. Animais filhotes e adultos muito ativos têm uma grande curiosidade por objetos novos no meio em que vivem e notam logo quando há um vaso diferente em casa ou uma planta estranha no jardim. Não é raro o animal lamber, morder, mastigar e engolir aquilo que lhe despertou a curiosidade. Animais privados de água podem, por exemplo, procurar plantas regadas ou molhadas de chuva recentemente e ingerir suas partes. Há casos de cães e gatos que ficam sozinhos confinados por períodos longos que acabam se distraindo com as plantas e acabam por ingerí-las. 
       8 - Em caso de acidente, guarde a planta para identificação e procure imediatamente orientação médica.
     
TINHORÃO 
       Nome científico: Caladium bicolor Vent. 
       Nome popular: tajá, taiá, caládio 
       Família: Aráceas. 
       Nome científico: Caladium bicolor Vent. 
       Nome popular: tajá, taiá, caládio. 
       Parte tóxica: todas as partes da planta. 
       Sintomas: a ingestão e o contato podem causar sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea. 
       Princípio ativo: oxalato de cálcio.
     
COMIGO-NINGUÉM-PODE 
       Família: Araceae. 
       Nome científico: Dieffenbachia picta Schott. 
       Nome popular: aninga-do-Pará. 
       Parte tóxica: todas as partes da planta. 
       Sintomas: a ingestão e o contato podem causar sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea. 
       Princípio ativo: oxalato de cálcio, saponinas.
      
     
COPO-DE-LEITE 
       Família: Araceae. 
       Nome científico: Zantedeschia aethiopica Spreng. 
       Nome popular: copo-de-leite. 
       Parte tóxica: todas as partes da planta 
       Sintomatologia: a ingestão e o contato podem causar sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea. 
       Princípio ativo: oxalato de cálcio.
      
     
TAIOBA-BRAVA 
       Família: Araceae 
       Nome científico: Colocasia antiquorum Schott. 
       Nome popular: cocó, taió, tajá. 
       Parte tóxica: todas as partes da planta. 
       Sintomas: a ingestão e o contato podem causar sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea. 
       Princípio ativo: oxalato de cálcio.
     
SAIA-BRANCA 
       Família: Solanaceae. 
       Nome científico: Datura suaveolens L. 
       Nome popular: trombeta, trombeta-de-anjo, trombeteira, cartucheira, zabumba. 
       Parte tóxica: todas as partes da planta. 
       Sintomas: a ingestão pode provocar boca seca, pele seca, taquicardia, dilatação das pupilas, rubor da face, estado de agitação, alucinação, hipertermia; nos casos mais graves pode levar a morte. 
       Princípio ativo: alcalóides beladonados (atropina, escopolamina e hioscina).
     
BICO-DE-PAPAGAIO 
       Família: Euphorbiaceae. 
       Nome científico: Euphorbia pulcherrima Willd. 
       Nome popular: rabo-de-arara, papagaio. 
       Parte tóxica: todas as partes da planta. 
       Sintomas: a seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, dor em queimação e coceira; o contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarréia. 
       Princípio ativo: látex irritante.
     
COROA-DE-CRISTO 
       Família: Euphorbiaceae. 
       Nome científico: Euphorbia milii L. 
       Nome popular: coroa-de-cristo. 
       Parte tóxica: todas as partes da planta. 
       Sintomas: a seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, dor em queimação e coceira; o contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarréia. 
       Princípio ativo: látex irritante.
     
AVELÓS 
       Família: Euphorbiaceae. 
       Nome científico: Euphorbia tirucalli L. 
       Nome popular: graveto-do-cão, figueira-do-diabo, dedo-do-diabo, pau-pelado, árvore de São Sebastião. 
       Parte tóxica: todas as partes da planta. 
       Sintomas: a seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema (inchaço) de lábios,boca e língua, dor em queimação e coceira; o contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarréia. 
       Princípio ativo: látex irritante.
     
ESPIRRADEIRA 
       Família: Apocynaceae. 
       Nome científico: Nerium oleander L. 
       Nome popular: oleandro, louro rosa. 
       Parte tóxica: todas as partes da planta. 
       Sintomas: a ingestão ou o contato com o látex podem causar dor em queimação na boca, salivação, náuseas, vômitos intensos, cólicas abdominais, diarréia, tonturas e distúrbios cardíacos que podem levar a morte. 
       Princípio ativo: glicosídeos cardiotóxicos
     
MAMONA 
       Família: Euphorbiaceae. 
       Nome científico: Ricinus communis L. 
       Nome popular: carrapateira, rícino, mamoeira, palma-de-cristo, carrapato. 
       Parte tóxica: sementes. 
       Sintomas: a ingestão das sementes mastigadas causa náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia mucosa e até sanguinolenta; nos casos mais graves podem ocorrer convulsões, coma e óbito. 
       Princípio ativo: toxalbumina (ricina).
      
     
PINHÃO-ROXO 
       Família: Euphorbiaceae. 
       Nome científico: Jatropha curcas L. 
       Nome popular: pinhão-de-purga, pinhão-paraguaio, pinhão-bravo, pinhão, pião, pião-roxo, mamoninho, purgante-de-cavalo. 
       Parte tóxica: folhas e frutos. 
       Sintomas: a ingestão do fruto causa náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia mucosa e até sanguinolenta, dispnéia, arritmia e parada cardíaca. 
       Princípio ativo: toxalbumina (curcina).
      
     Fonte de informações: Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas - SINITOX - Fundação Oswaldo Cruz - FIOCRUZ Telefones para contato com os Centros de Controle de Intoxicações: 
       Curitiba - CIT/PR 0800.410.148 
       Florianópolis - CIT/SC (48) 331.9535 
       Porto Alegre - CIT/RS 0800.780.200 
       Salvador - CIAVE/BA 0800.284.4343 
       São Paulo - CEATOX/SP 0800.148.110 
       São Paulo - CCI/SP (11) 5011.5111
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