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naturais com boldo estão à venda na www.lojadojardim.com
Boldo?
Qual boldo?
Falar
sobre o boldo é um assunto e tanto: apesar de ser uma planta muito
conhecida, é comum a confusão entre os vários tipos
de boldo.
Por: Rose Aielo Blanco
"Problemas
de fígado? Tome um chá de boldo-de-chile que é tiro
e queda!". A receita é famosa, mas segundo o prof. Marcos
Roberto Furlan, Mestre em horticultura e especialista em plantas medicinais,
várias pessoas acreditam erroneamente que têm no quintal
o boldo-do-chile (Peumus boldus), entretanto, essa planta é
raríssima no Brasil. O que acontece é que em nosso país
outras plantas também são chamadas de boldo, principalmente
o boldo-da-terra (Coleus barbatus ou Plectranthus barbatus) foto
ao lado
e o boldo-baiano (Vernonia condensata). Menos comuns são
o boldo-português (ou boldo-miúdo) e o boldo chinês.
Bem, mas há uma explicação para a importância
em saber qual é o boldo que se tem no quintal. É que como
explica Mestre Furlan, o boldo-do-chile e o boldo-da-terra (o mais facilmente
encontrado nos quintais) apresentam efeitos colaterais e diferenças
nas indicações. Então vamos observar as características
de cada um dos mais conhecidos, para acabar de vez com as confusões:
Boldo-do-chile (Peumus boldus)
Planta originária do Chile, é considerada uma árvore,
pois quando adulta atinge de 12 a 15 metros de altura. Apresenta propriedades
estomáquicas, diuréticas e hepáticas. Efeitos
colaterais: pode ser abortivo e provocar hemorragias internas. Deve
ser usado com cautela. No Brasil, é possível encontrar o
boldo-do-chile (produto importado) em farmácias.
Boldo-da-terra (Coleus barbatus ou Plectranthus
barbatus)
Arbusto originário da África, atinge de 1 a 2 metros de
altura, apresenta folhas aveludadas e produz flores azuladas. Indicado
como analgésico, estimulante da digestão e combate azias.
Efeitos colaterais: quando usado por longos períodos, pode
causar irritação gástrica.
Boldo-baiano (Vernonia condensata)
Arbusto também originário da África, chega a alcançar
de 2 a 5 metros de altura e pode se quebrar facilmente com o vento. Apresenta
efeito carminativo e alivia os sintomas de úlceras e gastrite.
Efeitos colaterais: ainda não foram verificados.
Aquele do quintal
Desta
vez, vamos tratar do cultivo daquele boldo mais comum, provavelmente aquele
que a maioria tem no quintal, no vaso ou na jardineira: o Boldo-da-terra
(Coleus barbatus ou Plectranthus barbatus), também conhecido
como falso boldo, boldo africano, boldo-do-reino e malva-santa. Pertencente
à família das Labiadas, é uma planta herbácea
perene que apresenta folhas pilosas, isto é, coberta de pequenos
pêlos que dão uma aspecto aveludado. As flores pequenas nascem
em espigas, na ponta dos ramos, em tons que vão do azul ao violeta.
Cultivo: O boldo-da-terra pode ser
cultivo em todas as regiões do Brasil e é muito resistente,
sendo sensível apenas às geadas. Propaga-se por meio de
estacas retiradas da planta-matriz, sendo recomendável manter um
espaçamento de 1 metro entre as mudas. Para o cultivo em vasos
ou jardineiras, é preciso garantir pelo menos 30 cm de profundidade.
Desenvolve-se melhor a pleno sol, em locais sombreados a produção
é menor. Como as folhas são as partes utilizadas com finalidades
medicinais, o ideal é fazer a poda das inflorescências (pendões
florais), um pouco antes da colheita, para obter uma planta volumosa.
Colheita: Cerca de seis meses após
o plantio já é possível fazer a colheita das folhas.
Uso: O chá, que geralmente
é maceração* das folhas, é um tônico
amargo que facilita o trabalho da vesícula biliar, estimulando
a secreção da bílis e favorecendo a digestão
de gorduras. É indicado no combates às dores estomacais,
males do fígado, diarréia e desconforto causado por gases
intestinais. Porém, como foi citado acima, deve ser usado com cautela
pois, em excesso, pode provocar irritação gástrica.
É preciso ter cuidado para não confundir o boldo com algumas
plantas ornamentais, que são aparentemente semelhantes.
Receitas:
Essas duas receitas foram divulgadas pelo Prof. Sylvio Panizza, no Programa
Dia-a-Dia da TV Bandeirantes:
Tônico para o fígado com boldo e
carqueja
Coloque para ferver 1 xícara (chá) de água filtrada,
1 colher (sobremesa) de boldo e 1 colher (sobremesa) de carqueja. Desligue
o fogo e abafe durante 10 minutos e coe. Não tomar mais de 3 xícaras
por dia.
Infuso hepático
Ferva 1 xícara (chá) de água filtrada e desligue
o fogo. Coloque imediatamente 1 colher (sobremesa) de boldo, 1 colher
(sobremesa) de losna e 1 colher (sobremesa) de menta. Abafe por 10 minutos
e coe. Ideal é consumir 1 xícara antes das principais refeições,
para tratar males do fígado e vesícula.
* A maceração
das folhas obtém-se, espremendo as folhas com um socador de madeira
(ou vidro) e adicionando-se apenas um pouco de água fria filtrada.
O resultado é um suco altamente concentrado, que deve ser ingerido
com cautela pois apresenta os componentes químicos do boldo-da-terra
(óleo essencial, flavonóides e saponinas) em grande quantidade.
Onde encontrar:
Produtos
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