Florestas
tropicais são fonte para novos remédios
Nos últimos anos, grupos de pesquisadores começaram a visitar
florestas tropicais em busca de plantas que possam ter usos medicinais.
Considerando-se que nos EUA, hoje, 29% das 16 mil plantas nativas estão
em risco de extinção e os fabricantes de produtos farmacêuticos
procuram cada vez mais fontes naturais de plantas, as expedições
e pesquisas por essas plantas são mais importantes do que nunca.
Até 1980, nenhuma grande companhia farmacêutica estava
investindo em pesquisas de produtos de florestas tropicais. Atualmente,
mais da metade das 250 indústrias do setor estão voltadas
para a criação de programas de pesquisas, coleta de amostras
e testes de laboratório de plantas achadas na florestas. O Instituto
Nacional de Câncer norte-americano é o líder atual
na condução desses estudos.
Alguns tratamentos extremamente eficientes da medicina moderna se originaram
de fontes naturais. Duas substâncias isoladas da "pervinca
de Madagascar" são usadas no combate a várias doenças,
entre as quais a leucemia infantil e a doença de Hodgkin.
Entre as plantas de florestas tropicais comumente usadas como remédio,
incluem-se o "pau-d'arco" - árvore brasileira usada
há milhares de anos pelos indígenas da América
do Sul. A casca da árvore é usada no tratamento de doenças
de pele como eczema e psoríase. O "inhame selvagem"
também é muito procurado. As pesquisas originais com essa
planta levaram ao desenvolvimento de produtos como a cortisona e a pílula
de controle da natalidade. Hoje, essa tuberosa é usada contra
os problemas da menopausa, entre outros.
Quanto à "jackass bitters", planta da América
Central, contém um agente antiparasítico potente, que
tem ação sobre amebas, parasitas intestinais, cândida
e giardia. É tomada na forma de chá ou de vinho.
A unha-de-gato, planta trepadeira do Peru, é usada há
muito tempo pelos índios, por sua eficiência como tônico
para o fígado e rins. Cientistas descobriram, recentemente, que
ela aumenta a imunidade orgânica. Pacientes americanos também
descobriram que o chá dessa erva é útil contra
diverticulite, hemorróidas, parasitas e colite.
(Fonte: Medical Presscorps News - Jan/2000)
Brócolis
e repolho ajudam a evitar câncer de próstata
O consumo de três porções diárias de vegetais
como o brócolis e o repolho pode reduzir até pela metade
o risco de câncer de próstata, revelou um estudo do Centro
de Pesquisas do Câncer Fred Hutchinson, em Seattle, nos Estados
Unidos. A pesquisa contesta os benefícios do tomate na prevenção
da doença, dizendo que as informações de que o
vegetal ajuda a prevenir esse tipo de câncer são um mito.
"Todas as revistas masculinas nos EUA dizem para comer molho de
tomate para reduzir o risco de câncer de próstata, mas
nós não encontramos nenhuma relação",
relatou Alan Kristal, um dos pesquisadores do estudo.
Kristal disse que os vegetais da família das crucíferas
- como brócolis, couve-flor e repolho - são mais eficazes
para reduzir o risco da doença, porque contém uma substância
fitoquímica que induz à produção de enzimas
particularmente ativas na próstata.
O estudo foi realizado com 1.230 homens entre 40 e 64 anos. Os resultados
mostraram que aqueles que comiam três ou mais porções
de vegetais diariamente tinham risco 48% menor de desenvolver câncer
de próstata, comparados àqueles que comiam apenas uma
porção diária. "Em todos os níveis
de consumo de vegetais, com o aumento da porcentagem de vegetais crucíferos,
o risco de câncer de próstata diminuiu", disse Kristal.
(Fonte: Ag. Reuters)
São
Paulo tem Pronto-Socorro de Plantas Gratuito
Consultas gratuitas sobre jardinagem podem ser feitas no Pronto-Socorro
de Plantas, no portão 5 do Parque Ibirapuera (SP). Uma equipe formada
por quatro engenheiros agrônomos e seis biólogos orientam
a população sobre a maneira correta de plantar mudas, irrigar
e adubar. Os casos mais simples são solucionados pelos telefones
(0xx11) 574. 5177 e 574.0884 ramal 14. Para os casos complicados, é
necessário fornecer uma amostra da planta para análise e
aguardar o diagnóstico com as instruções para a recuperação
da planta.
Jardim
Botânico do Rio de Janeiro vai virar escola
O Instituto de Pesquisa do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, um
dos cinco maiores parques do mundo, vai virar escola. A partir do segundo
semestre, a Escola Nacional de Botânica Tropical oferecerá
cursos de pós-graduação latu sensu (extensão,
especialização e aperfeiçoamento) nas áreas
em que os pesquisadores da instituição são especialistas,
como conservação de espécies brasileiras e estudos
sobre a mata atlântica.
Ainda para este ano, está prevista a criação de um
consórcio com 50 parques de Portugal e da Espanha, que vai possibilitar
investimentos da Comunidade Econômica Européia na rede brasileira
de jardins botânicos - composta por 30 parques e com sede no Rio
-, em projetos nas áreas de pesquisa científica e de formação
profissional, além de facilitar o intercâmbio de informação
entre os países.
Segundo o diretor da instituição, Sérgio Bruni, em
até dois anos será criado um programa de pós-graduação
stricto sensu (mestrado e doutorado) com ênfase na flora típica
do Brasil. "Não queremos nos restringir à área
acadêmica, mas utilizar o conhecimento na preservação
das espécies do País".
(Fonte: Jornal O Estado de S. Paulo)
Duas
plantas contra o reumatismo
A tintura à base de uma combinação da samambaia com
a cainca - uma planta usada pelos índios brasileiros - pode tratar
o reumatismo. Químicos da Universidade Federal do Ceará
a experimentaram em ratos doentes. "Após 24 horas, eles não
sentiram mais dor", garante o fitoterapeuta carioca Alex Botsaris,
coordenador da pesquisa. As duas plantas têm substâncias que
aliviam as inflamações. "Quando elas atuam juntam,
o efeito é ainda maior". O próximo passo será
repetir os testes em seres humanos.
(Fonte: Saúde é Vital!)

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