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Acerola - pequena só no tamanho!
Por: Rose Aielo Blanco*
Duas acerolas são suficientes para suprir nossa necessidade diária de vitamina C
Lembro-me da primeira vez que escrevi sobre a acerola (Malpighia glabra). Na época eu fazia reportagens para um jornal agropecuário e esta fruta ainda era chamada "cereja das Antilhas". Logo de cara eu me apaixonei pela tal frutinha com aparência de cereja mesmo, mas de sabor bem azedinho.
Apesar de semelhantes na aparência, elas são bem diferentes, a começar pela origem: a cereja é nativa da Ásia e gosta de clima frio; já a acerola aprecia o calor e é nascida na América Central e norte da América do Sul.
Aqui no Brasil, seu cultivo oficial foi iniciado em 1955, em Pernambuco, com sementes trazidas de Porto Rico pela Universidade Federal Rural de Pernambuco. Entretanto, vale lembrar que temos registro de exemplares de acerola cultivados em quintais de propriedades no estado do Pará desde o século XIX - onde era chamada de "cereja-do-Pará". Hoje, quem diria, nosso país é o maior produtor, consumidor e exportador desta fruta! Aqui, ela é cultivada comercialmente em todas as regiões com clima ameno a quente.
O grande diferencial da acerola - que era chamada "Barbados Cherry" pelos ingleses - é seu elevador teor de vitamina C ou ácido ascóbico. Neste quesito ela é uma das frutas campeãs. Segundo pesquisa realizada pela Universidade Federal do Paraná, o teor de vitamina C pode variar de 1000 a 4000 mg em 100 g de polpa de acerola. Para se ter uma idéia do quanto isso representa, basta lembrar que anecessidade diária de vitamina C para a maioria das pessoas com idade igual ou superior a 15 anos é de 60 mg por dia, aumentando nas mulheres grávidas (70mg), lactentes (90 a 95mg) e fumantes (pelo menos 100mg).
A ingestão de 2 a 4 acerolas por dia é capaz de suprir as necessidades diárias de vitamina C de um adulto!
Importante para garantir a resistência do organismo contra vírus e infecções, a vitamina C não é sintetizada pelo organismo e precisa ser ingerida. Ela é fundamental para a saúde dos dentes e gengivas, promove a absorção, depósito e transporte do ferro pela dieta e é necessária para a síntese dos ácidos biliares. Por ser um dos mais valiosos antioxidantes naturais, torna-se de grande importância na batalha contra os radicais livres, ajudando a prevenir contra tumores. Além disso, a vitamina C tem papel importante na cicatrização de ferimentos e participa na síntese do colágeno, garantindo a preservação da firmeza, elasticidade e resistência da pele, o que evita o surgimento de manchas e rugas.
Outro ponto a favor da frutinha, é que ela apresenta boas quantidades de betacaroteno, substância antioxidante precursora da vitamina A. E, mais uma vez a acerola vem bem posicionada neste ranking: só perde para a cenoura, rúcula, abóbora e couve-manteiga.
Fácil cultivo
A aceroleira é uma planta perene de 2 a 4 metros de altura e bastante ramificada. Suas folhas são pequenas, verde-escuras, brilhantes e ovaladas. As flores são brancas ou variam em tons de rosa e violeta. Elas apresentam os dois sexos na mesma flor e são autoférteis, por isso ocorre a frutificação, mesmo tendo uma planta. Dependendo da planta, os frutos podem variar tanto no tamanho e sabor, como na coloração (vermelha, roxa ou amarela) e na quantidade de vitamina C. Além disso, outros fatores também podem influenciar, como irrigação, adubação, podas, clima da região e tipos de solos.
O fruto é arredondado, liso e com 3 lóbulos. Cada acerola contem de 3 a 4 sementes, rugosas. Uma característica interessante sobre os frutos da acerola é que quando maduros, eles caem com muita facilidade.
A acerola é consumida ao natural como fruta fresca, rende suco, xarope, sorvete, geléia, compota, bala e até licor.
São ideais para o bom desenvolvimento e frutificação da planta os climas tropical e subtropical, a boa disponibilidade de água durante o ano e solos profundos com boa drenagem.
A propagação da aceroleira pode ser feita por meio de sementes, estaquia, enxertia ou alporquia.
Planta rústica e de fácil cultivo, pelo pequeno porte pode ser cultivada em pequenos espaços, no quintal e até mesmo num jardim amplo. Com sua copa densa e brilhante, a aceroleira fica ainda mais bonita quando está florida ou repleta de frutinhos. Uma curiosidade é que em regiões de clima quente ou tropical, a acerola vem ganhando cada vez mais destaque em seu cultivo como bonsai.
Ficha da Planta
Nome popular: Acerola, cereja das antilhas
Nome científico: Malpighia glabra L. (sinônimo: M. punicifolia)
Família: Malpighiaceae
Origem: Norte da América do Sul e América Central
Cada 100g da fruta contém: |
|
Calorias |
33kcal |
Carboidrato |
8g |
Proteína |
0,9g |
Fibra Alimentar |
1,5g |
Magnésio |
13mg |
Fósforo |
9mg |
Potássio |
165mg |
Cálcio |
13mg |
Vitamina B3 |
1,38mg |
Vitamina C |
941,4mg a 4000mg |
Fonte: UNICAMP - Tabela Brasileira de Composição de Alimentos / TACO |
* Rose Aielo Blanco é jornalista, escritora e editora do www.jardimdeflores.com.br
Onde encontrar: Produtos de Acerola estão à venda na www.lojadojardim.com